quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O PODER


O poder é fogo. Ele deixa margem a que possamos prever acontecimentos em função da força que ele representa. O pós BBB se constitui de momentos em que a busca pelo poder é o que se pode chamar de uma autentica guerra. Novas experiências, novas pessoas, novos compromissos, novos rumos. Busca alucinante por um lugar ao sol e assim vamos processando tudo isso diante do noticiário que nos fornece a mídia.

Priscila foi mais uma dessas que era previsível terminar como está. Trocou o namorado e já está curtindo com tudo que tem direito muito mais do que o premio de um BBB, Seu envolvimento atual representa muitos BBBs.

Várias foram as figuras que participaram do BBB que já sossegaram o pandeiro e não disputam mais espaços midiáticos. A conquista se deu de forma calma e tranqüila e o BBB fica como uma referencia do passado. Importante, não é possível negar, mas passado. Muitos já estão nessa trilha.

Exatamente por esses aspectos, um BBB que reúna figuras que participaram de versões anteriores pode ficar prejudicado. Muitos (as) que fizeram sucesso, já não buscam mais nada.

O que vale é que aí vem mais um e vamos assistir a mais um espetáculo em que a busca do início pode se modificar no final. Inicialmente querem o premio, depois algo que possa compensar a falta dele. Mal ou bem a gente tem visto o BBB servir para ajeitar um bocado de vidas por ai. Felicidades a quem puder agarrar sua chance.

domingo, 20 de setembro de 2009

RABISCANDO


Eu volto a escrever depois de uma tempestade que parecia não querer acabar. Não sei ainda se em definitivo, mas volta e meia pretendo dar umas rabiscadas por aqui, principalmente porque estão achando que o BBB na net é propriedade de um blog ou exclusividade e acho que isso tomou um rumo vergonhoso. Não se trata de invejar ninguém por ter capacidade de se sobressair, porém é necessário colocar freios na soberba de quem vira a cara para o passado negro e esconde as verdades de uma trajetória calcada na idéia de outras pessoas e acha que pode ditar regras a respeito do programa. E mais complicado ainda é que o Tors não está mais na net, o que significa uma grande perda para todos.

O BBB poderia realmente em sua 11ª edição chamar alguns ex-participantes e essa idéia não há como negar que partiu daqui e exatamente por isso é alvo de contestação. A verdade é que eu e o Tors sempre difundimos essa idéia como algo possível e até provável por parte da Globo. O Boninho apenas anotou e disse que isso seria possível futuramente, até sentir restrições na net porque o balão de ensaio não agradou a certa fã doentia.

O bom para este blog que tem tantos anos na net é que a coerência sempre esteve presente aqui e essa marca vai continuar. Nossa forma de blogar é muito mais de advertência aos incautos do que outra coisa qualquer. Se não puder manter essa coerência citada, prefiro parar de vez.

Voltar a blogar é uma forma de reaproximação também com pessoas que aprendi a gostar. Para ser bem arrogante, prefiro manter a máxima de que aqui sempre estiveram os melhores comentaristas de BBB. Nos outros blogs o que sempre houve foi um bando de fofoqueiras e fãs alucinadas, assim como as titulares desses blogs (não são todas).

A única vez que cheguei e declarar ser fã de alguém foi com relação a Fani, a mesma que era vilipendiada por blogs que hoje só faltam querer levá-la prá casa e lambê-la (literalmente e toda). Hehehe... tem disso também por aí... Max e Francine também se transformaram em ¨objeto de desejo¨ de gente meio louca e devem estar rezando dia e noite para se livrar desse fardo.

Posso voltar a escrever vez por outra, no sentido também de homenagear pessoas que aprendi a gostar. Não me importam números, jamais. O que vale aqui é perceber que há sempre uma idéia nova no ar, há sempre a contestação quando o rumo se desvirtua e do blog o que lucramos todos é pelo convívio apenas. Meu abraço! Aqui o ingresso é grátis.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

BIG BROTHER


Agência EFE

A primeira transmissão do programa "Big Brother", há exatos dez anos na Holanda, foi um marco para a televisão mundial e, ao evoluir do conceito de mero reflexo do cotidiano para um verdadeiro desfile de extravagâncias, continua contestado, mas igualmente popular. "Não tinha nem ideia do fenômeno global que tínhamos em nossas mãos. Quando nos veio a ideia, ficamos desenvolvendo por dois anos. Pensávamos que estávamos trabalhando em um formato local", explicou à Agência Efe Paul Römer, que junto a seu irmão Bart, Patrick Scholtze e John De Mol criaram um fenômeno televisivo sem precedentes.

Desde então, o gênero reality começou a aparecer com mais frequencia na televisão. Foi inaugurado o formato de programa com 24 horas de transmissão e se testou a capacidade de interagir com o público de maneira especialmente lucrativa.

Termos como "confessionário", "indicação" e "paredão" adquiriram novos significados. Nos EUA, foram criados neologismos como "edredoning" (sexo furtivo sob lençois) e o mundo assumiu seu papel de bisbilhoteiro impune sem nenhum tipo de pudor.

"Quando um programa tem algum sucesso, é desencadeada uma espiral de audiência 'porque todo mundo o viu ou todo mundo fala disso'. É um modo de justificar nossos comportamentos quando não nos parecem muito adequados ou simplesmente absurdos", explica à Efe José Antonio Ruiz San Román, professor de Sociologia da Faculdade de Ciências da Informação da Universidade Complutense de Madri.

A Endemol, produtora da grande ideia, quis dignificar sua proposta tomando como referência o personagem onipresente da obra "1984", de George Orwell, e combatia a polêmica que causou ao trancar várias pessoas em uma mesma casa sob vigilância continua se apoiando em um máscara de estudo sociológico.

"O 'Big Brother' é um espelho da sociedade e em cada país os moradores da casa refletem sua própria cultura. É por isso que o 'Big Brother' sempre será relevante e interessante para os espectadores e o programa sempre será atual", defende Römer, dez anos depois do 16 de setembro de 1999 em que o programa estreou.

No entanto, Ruiz San Román despreza essa vocação antropológica. "Inicialmente se utilizou como argumento para justificar um programa arriscado que estávamos perante um experimento sociológico. Na realidade estamos e estávamos perante um programa de televisão na busca de espectadores", explicou.

"A princípio, o formato foi chamativo. Agora, como o formato já não é inovador, requer protagonistas os mais extravagantes possíveis", argumenta. E assim, se for preciso falar de interesse sociológico, não seria preciso apontar para questões de convivência ou de audiência enganchada na intimidade alheia. "A questão é saber até onde alguém está disposto a se mostrar perante uma câmara", assinala.

O caso da participante Jade Goody, do "Big Brother" britânico, que midiatizou sua morte por câncer, foi a expressão mais radical dessa questão. Mas o "Big Brother" viu passar por suas casas de todo o mundo - 67 países o transmitem hoje em dia - padres com conflitos de fé, prostitutas e strippers, transexuais e mulheres com nanismo que depois posaram nuas.

"A seleção para o 'Big Brother' era feita com consciência. Tentaram nos dizer que era gente comum: não era exatamente assim. É gente que procura descaradamente a fama ou, pelo menos, chamar a atenção, pelo motivo que seja. Os perfis sociológicos da população não são os dos protagonistas do Big Brother. Provavelmente também isso seja parte do sucesso", assegura Ruiz San Román.

Efetivamente, o sucesso das primeiras edições, que davam a seus participantes espaço em revistas e programas de fofoca, transformou o "Big Brother" não em um concurso pelo prêmio final, mas em uma escola desse subgênero de famosos.

O próprio programa desembocou no chamado "Big Brother VIP" em alguns países, onde entre os participantes figuravam antigos "Big Brothers" originais que viraram celebridades.

Essa ambição foi utilizada de forma radical recentemente na Turquia, onde sob o chamariz de um "Big Brother" nove mulheres foram sequestradas durante dois meses.

Apesar disso, Römer assegura estar satisfeito com sua criação. "Estou muito orgulhoso do 'Big Brother' e de todas as suas vertentes. Os outros realities já não são minha responsabilidade, porque embora o 'Big Brother' tenha popularizado o formato, ele existia antes de 1999", comentou. (Mateo Sancho Cardiel)

O que você pensa disso?