A propalada saída do Boninho com o que seria seu último BBB parece jogar todas as fichas no retorno de 3 casais de ex-participantes do programa, entremeados com gente nova que certamente vai se sentir menos favorecida e que lá estariam apenas para rechear o bolo. A idéia não é boa, vai gerar problemas porque já estarão formados dois grupos distintos e antagônicos. Um vivendo de memórias e outro querendo construir fama e conquistar notoriedade.
Se os grupos tiverem igualdade, reduzindo o número de participantes do programa para 12, terão razão os novatos. Porém se o grupo de ex-participantes entrar em número menor, certamente será prejudicado pela união da maioria que lhes será contrária, seguramente.
Esse negócio de fazer um BBB com ex-participantes surgiu por aqui mesmo, entre os comentaristas do programa, nessa internet velha de guerra, porém foi desvirtuado pelo Diretor e só se justificaria se fosse para realizar uma edição só com eles, partindo da premissa de que entrariam os mais votados pelo público, à partir de uma votação que incluiria todos os que já estiveram por lá.
É lógico que o público tem curiosidade para saber como anda a vida de muitos deles, cujo sumiço da mídia acabam gerando essa curiosidade. Alie-se também a vontade de alguns que seus preferidos pudessem ter uma segunda chance, como ocorreu com Marcelo Dourado.
De qualquer forma esse negócio de mesclar velhos e novos participantes não soa como algo que garantirá aquilo que a emissora anseia tanto, que é audiência. Os índices vem baixando de ano para ano e essa cartada visa resgatar algo que não se pode garantir seja a melhor forma de reconquistar o público que já debandou.
Eu mesmo estava propenso a deixar o BBB definitivamente e só não vou fazê-lo para atender inúmeros pedidos que recebi para continuar comentando e também porque esse embrulho do Boninho pode me empurrar a promover a defesa de alguém que possa vir a ser alvo fácil, principalmente se por lá estiverem Monique e Fani.
De qualquer forma o BBB já se afigura como algo que mesmo em níveis mais baixos do que no seu início é infinitamente superior e disparadamente melhor que qualquer outro reality show da TV brasileira. Nesse aspecto rendo daqui minhas homenagens ao Boninho por ter conseguido diferenciá-lo de qualquer outro e mostrar competência.
Não estou aqui única e exclusivamente para torpedear os erros. Aliás, sempre busquei chamar a atenção para a importância do programa e enfatizar sua superioridade, mesmo que para alguns críticos imbecis isso sirva como alvo fácil para ser taxado de brega, contra-cultura, etc.
Quem quiser enxergar o BBB como algo menor que seja muito feliz e vá lamber sabão com outras futilidades que a própria vida impõe. Que sejam felizes com a “superioridade” que julgam ter em seus gostos, que considero duvidosos e que não refletem a realidade daquilo que vive o brasileiro. Talvez assistindo o “Fala que eu te escuto” do Bispo sejam mais felizes. Sigam-no então!
O que sei é que uma legião de brasileiros se afeiçoa com o BBB e não tenho a menor vergonha de dizer que sempre fui um deles. Nunca me senti melhor que ninguém, porém nunca menor.
Aliás, por aqui mesmo encontrei muita gente comendo sardinha em lata e arrotando caviar. Gente que se julga superior, alardeando riqueza mas sem nenhuma autenticidade porque não sabe o significado da palavra humildade.
Pois o BBB vem aí e seja lá como for, estaremos juntos novamente. A hora se aproxima e só espero que não aconteçam artimanhas, mutretas e arranjos capazes de desmotivar quem se dedica a assistir, acompanhar, comentar, torcer.
Vamos em frente!