Eu juro que não queria mais comentar BBB. No entanto, esse episódio que culminou com a saída da participante Ana Paula apenas prova que é preciso colocar limites nas pessoas. Mas o que é mais importante é que isso aconteça na criação, nunca deixando que comportamentos exacerbados atinjam a idade adulta por puro protecionismo ou “amor demais” por parte dos pais.
Aliás “amor demais” é um tema digno de estudos e que deveria ser alvo de tratados porque não só no BBB podemos constatar inúmeras pessoas que tiveram esse tratamento. Isso se generaliza em todos os setores da vida, onde encontramos pessoas que se acham maiorais, poderosas, sem limites, mas que acabam se prejudicando por esse comportamento que é fruto de uma liberdade exacerbada.
Do pouco que assistí na TV aberta, até porque pela primeira vez não comprei o PPV, pude entender que Ana era a alavanca da KGB para a audiência. Era ela que movia o programa com suas posições bem parecidas com a Tina, batedora de panelas de um BBB que ficou no passado e cuja passagem ficou marcada.
Não interessava que Ana saísse porque o BBB girava em torno dela. Sua capacidade de movimentar a todos era peculiar. Tudo girou em torno dela e agora o desfalque joga o programa no limbo. E o mais engraçado é que ela mesma já havia demonstrado sua inaptidão e sua vontade de se retirar, mas foi “convencida" a permanecer porque ninguém joga fora em TV o que puxa audiência.
Cai o BBB agora na mesmice de sempre, deixando aos cuidados de Ronan a possibilidade de alguma movimentação, até porque vão se voltar contra ele seguramente, para eliminar aquilo que resta do jogo que Ana criou e levou até as últimas consequências, do qual ele foi aliado e estimulador.
Ficou evidente para mim que a manipulação de resultados ainda é um dado bastante claro, até porque o último paredão deixava clara a saída de Ana, mas ninguém ia deixar barato a saída da mola que fazia a propulsão do programa.
Assistir BBB agora, só mesmo nesses lampejos porque nada mudou e até piorou em termos de intervencionismo da direção e produção. A KGB não tem emenda, não se preocupa com nada além do que pode fazer as pessoas assistirem ao espetáculo que montam e embalam.
Sai a Ana e com ela (Olha ela!…) vão as esperanças da Globo em ver o BBB ressuscitado. Vão ter que se desdobrar para criar situações que motivem o público a participar, votar e discutir, enquanto aqui fora ela vai ser alvo da mídia para embalar seu ego. Só que aqui fora é bem diferente e o bicho pega!