terça-feira, 28 de outubro de 2008

NÃO ME ABANDONE ESPERANÇA!


Passou a eleição, a crise continua, tem banco que ainda não reabriu, assaltos aumentando, polícia se omitindo, o bicho ta pegando e os políticos já sumiram, ninguém mais vê a cara deles, tudo como era de se esperar. Ou será que alguém esperava algo diferente?

As promessas feitas em campanha já foram para o saco. Agora é hora de dividir o poder. Entregar a cada um a sua parte, conforme o combinado. Combinado este que aliás é sempre negado nas entrevistas, mas faz parte, como diria nosso indefectível Bambam. Faz parte porque política é sujeira, é coisa menor hoje em dia, é algo que os homens de bem estão querendo cada vez ficar mais longe.

Dividir poder é entregar áreas oficiais rentáveis a cada grupo político para que eles possam se ressarcir, é garantir empregos para alguns incompetentes que não conseguiriam na iniciativa privada uma oportunidade, até mesmo porque a nódoa que trazem consigo é impregnada do que há de pior na estrutura de um ser humano. E o pior é que ficamos a mercê de gente assim.

É lógico que não estou generalizando, mas infelizmente a esmagadora maioria é desse jeito mesmo. As campanhas mais caras, mais dispendiosas, exigem reposição de valores. Como isso pode acontecer? Com favorecimentos de canalhas, com o custo do sacrifício da população.

O Brasil é um país riquíssimo. Não fora a enorme corrupção que se alastra e teríamos vários de nossos mais graves problemas resolvidos. E olha que isso não é de hoje, já faz muita raça de tempo que poderíamos estar livres de várias agonias que passamos.

Conheço homens públicos de reputação ilibada e que não se curvam a isso. São poucos, mas eles existem e são honrosas exceções, das quais me orgulho em poder compartilhar do respeito e da amizade. São como Dom Quixote, verdadeiros paladinos que parecem estar fora do tempo em que vivemos. É justamente por conhece-los, por respeita-los que ainda sinto no ar um cheiro de esperança. Quem sabe a causa dessas figuras não possa ganhar corpo e conquistar adeptos?

Se quisermos mudar, há como fazê-lo. Nunca com covardia e fugindo da batalha, se omitindo como fizeram no Rio os mais legítimos representantes da chamada intelectualidade e da elite que preferiu os prazeres de um feriado mais longo, como se participar de uma eleição votando não fosse uma obrigação.

Esperança, ah....ESPERANÇA. NÃO ME ABANDONE PELO AMOR DE DEUS!!!

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