quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

ALINE DESCRITA PELO POETA



        Eu juro que cheguei a pensar em me aprofundar e fazer um post para descrever o que vi de Aline no BBB 13, como sempre faço com pessoas que adquirem projeção no programa. No entanto, confesso que no caso dela estou sem possibilidades porque qualquer coisa que pudesse dizer seria impreciso. Aline não tem como definir. É única, sem explicações possíveis. Não há texto que possa exprimir seu jeito de ser, seu comportamento, suas reações, tudo.

Ao acompanhar sua performance hoje no Mais Você fiquei impressionado com a Ana Maria Braga e com Louro José. Os dois se pudessem tinham largado o programa e corrido quando viram a jovem se despir, ficar de calcinha ao vivo, para mostrar as manchas roxas de suas pernas, segundo ela provenientes da raiva que ficou de Bambam.

Foi hilariante a reação que tiveram quando ela com suas reações sem noção e querendo provar que é verdadeira em suas afirmações abaixou as calças sob os berros do Louro para não fazer aquilo e foi em frente. Se fosse preciso, pelo menos foi a impressão que ficou, abaixava a calcinha também.

Aline é algo diferente de tudo aquilo que já se viu na TV por sua expontaneidade, despojada de pieguices e de fundamentos educacionais. Sua etiqueta tem marca própria, é indivisível e não se copia. Aline impõe sua marca no que fala, no que faz e ponto final. Aceite quem quiser, acima de tudo.

O mais impressionante é que na internet a defesa intransigente da expressiva maioria de sua permanência no BBB não se coadunou com aquilo que o Brasil queria, demonstrando um distanciamento da massa pseudo-intelectualizada. O Brasil deu uma de Aline e votou sem a influência de quem pensa formar opinião. Ferro nos interneteiros!  KKKKKKKKKK

Aline estava sambando mesmo se ia ficar ou não. Ela só quer “trabalhar”. E confesso que como a mais legítima expressão das camadas populares, oriunda de uma comunidade pobre, onde a vida funciona um pouco diferente do que as classes dominantes impõe e querem, ela se destacou, ganhou expressão e provou mais um pouquinho a importância que o BBB tem para mostrar realidades que ficam escondidas e que os intelectuais que babam na gravata insistem em não ver. Aline mostrou que viver é buscar ser feliz a qualquer custo, mesmo que custe sacrifícios enormes, tenha que sair no  tapa ou adquirir manchas pelas pernas de tanta ódio.

Ela não gosta de rótulos. Rejeita a comparação com a personagem Penha, interpretada por Taís Araujo na novela “Cheias de Charme” e acho até que tem razão, mesmo sendo tão parecidas. O problema é que Aline é Aline e tal qual a descrição que o poeta tentou fazer de uma rosa, concluindo apenas que “uma rosa é uma rosa, é uma rosa, é uma rosa, é uma rosa”. Aline seria tranquilamente descrita pelo poeta assim: Aline é Aline, é Aline, é Aline, é Aline, é Aline!