sexta-feira, 30 de março de 2012

O FIM DO BBB COM ABOIO



Então o BBB que deixei de assistir desde que Monique saiu acabou indo pelo ralo, sem apresentar nenhuma novidade, como era esperado, dando o prêmio a um cowboy lá do interior, como já é de costume, com seu aboio de lamento, mas com a segunda colocação ficando com a mulher que mais se empenhou para conseguir uma lugar destacado que foi a Fabiana, desbancando o prêmio que era pretendido pelo modelo gaúcho Jonas, que teve que amargar o terceiro posto. Tudo muito previsível, conforme estava escrito nas estrelas desde o início.

No entanto não posso deixar de dizer que mesmo estando escrito era injusto, pelo fato de a maior expressão e única do programa não ter sido premiada com a sorte de estar na final, o que também era de se prever. Falo, lógicamente, de Monique Amin, a mulher que deu luz e graça ao BBB, salvando-o de uma pasmaceira geral até sair, para que depois mergulhasse a atração no limbo dos programas de quinta categoria que passam nas TVs de estações rodoviárias do interior brasileiro. A tentativa era de mudar algo para recolocar emoção na coisa.

A direção do BBB com suas escolhas péssimas, repletas de protecionismo, com suas omissões ou intervenções extemporâneas, além de demonstrações inequívocas de desdém com o público, atirou o BBB no fundo de um poço do qual só sairá com mudanças radicais e que sejam promovidas por alguém sem comprometimento com os vícios dos atuais condutores do programa. Será que a alta direção da Globo não assiste TV, não vê o que está acontecendo?

O marasmo, as edições forçadas, a falta do que dizer de quem lá esteve e nada produziu em termos de TV, nem mesmo sendo estimulado ou induzido, transformou esse final arrastado e triste de BBB num suplício para que dele se extraísse algo. Mas nada mudou, nada conseguiram e acabou o capiau premiado, a dançarina afetada do interior que quer ser sambista carioca, ganhando o segundo lugar e o “Mister Imagem” faturando uns trocados. Todos atacados pelo vírus do bom mocismo e estimulados por uma facção velha conhecida de todos nós porque são mesmo anciãs carcomidas pelo tempo e não aceitam avanços de comportamento, pelo menos para assistir. Não sei na prática.

Triste fim para um programa com enormes possibilidades e que vinha se modificando, principalmente ao vermos que Maria com seu comportamento atirado foi capaz de convencer o público que merecia ganhar no BBB 11. Aí vem o 12 e o retrocesso se materializa de uma forma cabal. Público e direção se confundiram para que desse nisso.

Por isso que digo que salvou-se Monique porque foi capaz de ser gente, sem se preocupar com imagem, apesar de que nem precisava porque é uma mulher linda que conquistou o Brasil. E graças a Deus que não conquistou o percentual que não a deixou no programa porque esses números percentuais que a tiraram, coisa de aproximadamente 4 por cento, são compostos por pessoas retrógadas e que em nada contribuiriam para seu sucesso. Sucesso aliás que está alcançando de forma avassaladora aqui fora para desespero de quem lhe atirou pedras. E essa foi e é minha maior aposta, não em resultado de BBB, senão teria torcido por um laçador de novilhos que já estava escolhido desde o início.

Monique tem que saber agora sim preservar sua imagem, sem se deixar cair nas garras de espertalhões que queiram apenas usufruir daquilo que conquistou com sua simpatia, com sua forma expontânea de ser. Negar interesse inicial em posar nua é uma grande estratégia. Isso preserva-a e atiça.

Paralelamente deve ampliar seus horizontes dentro da própria Globo, onde pode ser alvo de algum convite. Saber pisar naquele solo é o mais importante para consolidar suas chances de estruturar seu futuro.

Por torcer por ela fui acusado, com tentativa até de desmoralização, mas de onde vem não é de se esperar outra coisa e tem que ter muito forro embaixo da saia para conseguir alguma coisa. Aqui não se criam. Fico rindo e me dou por satisfeito por ter decidido torcer por alguém que mereceu.

O BBB 12 termina com a marca de uma enorme frustração para os aficcionados, mas seguramente coloca um gosto amargo na boca de seus responsáveis por não terem sido suficientemente capazes de conduzir seus destinos de modo a convencer o público. Termina no descrédito, sob acusações várias de manipulação e falhas em provas infantis.

Os reflexos disso tudo na captação de patrocínio é um fator preocupante porque desta feita não houve o mesmo número de interessados, como deve estar havendo para o próximo um afastamento maior. E quando o dinheiro deixa de ter a facilidade para entrar, o sinal amarelo se acende.

O que me assusta é que com doze edições ainda aconteçam erros primários, péssima escolha de participantes, previsibilidade de acontecimentos, falta de criatividade nas provas, repetição sistemática de situações, esconder o óbvio no ppv que é pago, mas acima de tudo escolher uma parcela do público para ser ridicularizada por escolher alguém para torcer que não tenha caído nas graças de quem conduz o programa.

O desempenho pífio da direção fica nítido quando erra com tanta constância, quando interfere de forma grosseira, quando não mostra o que realmente ocorre, quando os participantes tem que reclamar pela opressão, quando afinal é nítida a incompetência e isso para os padrões globais soa como uma tragédia da qual ninguém esquecerá e certamente está sendo alvo de piadas nos corredores do Projac. Para quem era tido como “Zeus”, “Big God”, etc, é como ser atirado no lixão da Avenida Brasil.

O BBB virou saco de pancadas da mídia e isso não agrada a quem sempre acompanhou e gosta do programa. Não houve um órgão de comunicação que não tenha feito críticas pesadas, mas ao invés de cuidar, de tentar recolocar nos trilhos esse trem, seu Diretor preferiu usar o programa como forma de “trolar” quem torcia para quem não caiu em suas graças. Demonstrou ser incompetente para lidar com situações extremas e como se curvou ao primeiro carro de polícia que bateu no Projac, ficou claro que dobraria a espinha até para um guarda municipal, mesmo que tudo desse em nada, como aconteceu.

Foi tudo tão escandalosamente vergonhoso que até a bebida farta das festas, quando o velho Boni disse que não devia rolar, foi atendido pelo filhote e o alcool começou a rarear, gerando reclamações e mostrando que o BBB 12 foi dos papais e das mamães, além dos maridos, deixando a característica de um programa livre, inovador, sem interferências externas.

Não será nenhuma novidade se num próximo algum parente chegar no Projac fazendo escândalo porque o filhinho ou a filhinha está sendo “trolado (a)”. Quem ainda não viu, certamente verá, bastando aguardar. A porta ficou aberta para isso e muito mais. A inviolabilidade e o livre arbítrio foram postos de lado para dar margem a intromissões absurdas.

Nunca pensei que estaria daqui fazendo essas colocações porque sempre fui entusiasta do programa, sempre quis o melhor, mas desta feita o rumo tomado foi o pior possível e se alguém tem esperanças de mudanças, só mesmo se forem radicais com a troca de todos que lá estão. Sim, todos, literalmente falando.

A idéia do BBB não está fracassada, sua essência ainda está viva pelo passado, a vontade do público de acompanhar também, mas com outro tipo de condução, apresentação, etc. Se for assim, pode se salvar. Do contrário é o fim.

Aôoooooooooooooooioooooooooooooiooooooooooo...