terça-feira, 6 de março de 2012

O RETROCESSO NO BBB


E como era esperado, alardeado pelas pesquisas e por aqueles que ainda não alcançaram que o jogo BBB precisa ter motivação, Renatchéeeenha saiu da casa, pronta para ir ao encontro daquele que acredita ser capaz de domar a fera que tem dentro de sí: Rafa. Ganharam aqueles que votaram para que ela saísse porque a votação em maioria se constituiu numa vitória, mas perdeu de forma inapelável o programa que continua contando com a presença de João Carvalho, uma pessoa que só interferiu erroneamente e cuja integração no jogo jamais foi significativa senão pela intriga.

O BBB 12 teve escolhas sofríveis por parte de Boninho. Escolhas bizonhas, de participantes que não deveriam nunca ter passado por lá, mas foi o que se ofereceu e assim estamos diante de uma enorme incoerência que é a permanência de uma de suas figuras lamentáveis. Fica por conta dos reflexos deixados ainda por Rafa e Ronaldo, que influíram decisivamente para retirar Renata da casa.

Renatchéeeenha, que segundo ela própria vem de “Safadjeeenha” deixa o programa quando vai entrar um espanhol, expurgado do BBB daquele país, o que é uma lástima porque poderia ser o quarto escalado em sua lista. Ela não perdoa, “mata”! Mas infelizmente os avanços iniciados com Monique e seguidos por Laisa e Monique parecem não ter sido tão bem absorvidos e deglutidos pelo conservadorismo alheio.

Porque sexo é ainda um tabú?; o que faz com que as pessoas ainda encarem a atividade como algo que deve ficar apenas no imaginário quando todos praticam e buscam incessantemente?

Hipocrisia e frescura ainda impera no seio do público. O BBB na TV aberta é uma coisa e no ppv é outra, completamente diferente. O jogo própriamente dito pode ser editado e passar como algo que qualquer criança possa ver, mas seus detalhes são coisa de adulto, de gente grande e esconder o óbvio é algo inexplicável num tempo em que os avanços já vão muito além.

Na verdade essa minha posição de achar que Renatinha devia ter ficado não é de identificação com o grupo Selva que aliás nunca tive, assim como não acho que exista grupo Praia porque deploro a presença de Kelly e Fabiana no jogo nesta fase e ambas já haviam deixado claro até em votações que compunham uma dupla e nada mais.

Hoje o que ficou foi um arremedo disso tudo. O jogo está práticamente individualizado. Por isso me decidi por torcer por Monique. E daqui por diante vai ser mais engraçado do que nunca ver aliados trocando votos e criando motivações para tanto.

Kelly hoje foi definitivamente varrida das possibilidades de conquistar algo. Editada de forma bárbara e real, sua participação no BBB foi reduzida a nada. Incompreensível sua entrada e permanência na casa. Devia ter sido a primeira a sair. Seu par constante idem, idem.

Pois Renatinha saiu e teve como motivação a rivalidade criada entre Selva e Praia, insuflada por Ronaldo e Rafa e que teve a participação de Yuri até acordar com a saída de Laisa, mas também pelo preconceito de seu comportamento considerado avançado demais para os padrões. Aceita-se e consgra-se Maria no BBB 11 e queimam Renata no BBB 12. Quando penso que acordamos, encontro um monte de gente que teve recaída num sono profundo de hipocrisia. BBB é jogo adulto e viver, como navegar, é preciso.

João Carvalho sem nenhum érito ficou no programa para achar que está com um pé na final para levar 1,5 milhão e vai se salvar de um próximo paredão pelo medo de colocarem-no em julgamento novamente após ter voltado de dois.

Vamos ter plantas ainda permanecendo, chegando próximas de algo que jamais poderiam supor. Imagiona-se então que o melhor comportamento num BBB agora é ficar quieto, sem se manifestar, sem discutir o jogo, sem ter opinião, encostando-se nos cantos, omitindo-se e fazendo da paciência do público o repositório de uma incompetência e falta de significado de ter entrado numa empreitada como essa.

Basta de mesmice, de mimimi, de gente que não se mostra, que não se emociona, que não tem sangue nas veias, que apenas passa, que não se entrega, que não tem a capacidade de ser alguém. Basta, não só no BBB mas em todos os setores da vida. Não é assim que se chega a algum lugar e que isso possa servir de lição.

Se é assim, dos que ficaram, não há como deixar de se render a Monique com sua forma atirada de ser e de se jogar, mostrando suas vísceras, sendo o que é. Independente de BBB, na vida, é imperativo que se arrisque, que se atire. Imobilismo é morte!