sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
ALÉM DO JEGUE E DO GALO TEM BURROS
Fico espantado como o BBB já está em sua 12ª edição e até hoje as pessoas não encontram formas de adentrar e participar sem repetir os erros. Mas não adianta: é sempre a mesma novela, com grupinhos de cuécas se formando e caindo em cima de quem parece mais fraco. Repete-se o embrulho com Jaqueline, escolhida para estar presente nos paredões pelos que se julgam dominantes. Além do jegue e do galo dela, lá estão os burros.
São otários, não sabem jogar, vão lá para exibir seus corpos e fazer pose. E é exatamente assim que vão sendo eliminados, perdem e sobra apenas a possibilidade de ficar implorando um ou outro chamado para fazer aparições em festas. Mostram que são pessoas fúteis e que não tem capacidade para enfrentar adversidades se não for na base da arrogância, do enfrentamento, pelo grito.
Está se criando a mesma situação de outras edições com a eleição da jovem baiana como a vítima da vez. Ao colocarem-na no paredão terão que rezar muito mesmo para que ela saia porque senão estará se desenhando antecipadamente mais um resultado que já conhecemos.
Lembrei da Cida, de Mangaratiba, que dormia o dia inteiro e acabou ganhando o BBB. Dourado também foi outro que não se empenhou nas provas, deixou rolar, mas como era discriminado e tinha massa encefálica, apostou na sua condição de vítima e faturou em sua segunda participação o prêmio que deixara escapar na primeira, além de outros que viveram a mesma experiência.
O BBB é jogo sim, mesmo havendo quem conteste, mas para quem tem miolos. Ir apenas para mostrar atributos físicos e aproveitar festas é um exercício de massagear o próprio ego. Os espelhos da casa são testemunhas disso e ainda agora eles se prestam a servir de reflexo para uma bela maioria que além de não saber jogar, querem se exibir só e nada mais.
Jaqueline com todos os seus defeitos vai comendo pelas beiradas, exprimindo a seu modo aquilo que o povo quer. Sem a beleza tão decantada por apreciadores de BBB, a baiana atiça os “Deuses do Olimpo” e as “Cleópatras” desengonçadas para acabar recebendo do povo que decide as bençãos necessárias a permanecer e ir em frente.
O pior é que não adianta pedir desculpas na volta. Atitudes ficam marcadas em matéria de BBB. Fez, o público faz pagar. O destino é sair e com o sorriso amarelo ter que enfrentar a realidade de ser apenas mais um ex-BBB. E isso já não tem o “glamour” de outros tempos, sendo para alguns até motivo de vergonha, como declarou recentemente Bianca Jahara.
Para resumir, estão querendo mesmo que Jaqueline se firme no programa. Com esse tipo de jogo estão entregando nas mãos do público a tarefa de passar a desviá-la dos golpes e promover sua permanência “só prá contrariar” e depois se torna uma questão de honra.
Essas constatações me fazem rir de quem lá está e se acha de tal forma superior, que chama a baiana e dá conselhos, orienta-a, como se isso fosse resolver alguma coisa. Na verdade, quem está aqui fora reza para que ela não aceite e faça o que der na cabeça mesmo porque é isso que vai lhe dar mais chances.
Esse filme já passou várias vezes. Quem não viu monte num jegue ou fique escutando o galo cantar.