quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

BBB AINDA É PAIXÃO


Eu vi tantos movimentos de concentração de votos contra Jaqueline que cheguei a pensar que estava em jogo algo muito superior ao significado da presença dela no jogo, mas vi também que a baiana conseguiu sózinha, sem movimentos, a não ser o de sua cidade, arregimentar aproximadamente 22 milhões e quinhentos mil votos. Portanto não há força em seus oponentes e é previsível que caia um por um dos que articularam e votaram pela queda da jovem baiana.

O BBB é bastante previsível com a divisão que está se impondo e com o direcionamento que estão promovendo. Bial hoje fez uma verdadeira profissão de fé em torno dessa divisão, estimulando a possibilidade de jogo que não parece seduzir os participantes tão intensamente.

Não há muito mistério para determinar que Monique, o cowboy e Mayara estão no topo da lista para irem longe e quem sabe chegarem próximos da final. Os demais parecem seguir por um ladeira que vai fazê-los tropeçar e cair, salvo enganos.

Não há como prosperar muito jogo para Ronaldo e Yuri, assim como para Kelly, Fabiana e a própria Renata.

Esses primeiros movimentos ainda são uma espécie de pesquisa de egos. E convenhamos que o festival de personalidades em busca de espaço nesse BBB é bastante contrário ao que Boninho andou propalando de que não colocaria participantes que tivessem propensão a fama e colocação na mídia.

De lá já saem como Jaqueline, que imediatamente se intitula candidata a atriz. Presumo que a esmagadora maioria fará o mesmo. Afinal, o BBB se configura como uma janela aberta para oportunidades que em condições normais podem nunca chegar.

Se por um lado o BBB é exposto como anti-cultura, por outro se afirma como ponto de partida para que novos talentos se esforcem para conseguir um lugar ao sol. Daí a enorme contradição da afirmação de que as escolhas de participante seriam direcionadas contra isso. Jamais copnseguirão enquanto houver BBB na TV.

Confesso que ainda não vislumbro a possibilidade de escolher alguém para torcer. A coisa é de tal forma incipiente que não enxergo essa possibilidade, principalmente pela fragilidade e falta inicial de destaques que possibilitem isso.

Não vejo BBB torcendo pela formação de casais como uma imensa maioria. Não sou fã, não idolatro ninguém, não há como fazer do BBB o palanque de onde surgirá uma grande liderança capaz de me fazer segui-la. Vejo tudo como entretenimento e procuro enxergar a capacidade dos participantes jogarem e se desvenciliarem das escaramuças que são proporcionadas.

Lógico que aliado a tudo isso há a exposição de belíssimas mulheres que fazem bem aos olhos. Muitas vazias, sem atributos intelectuais e outras com capacidade, liderança, perspicácia e saber. Como já disse, trata-se de uma salada de gente. Desta feita, parece que veio sem sal, azeite, vinagre ou qualquer condimento ou molho. Espero estar errado.

Ainda é precoce o julgamento definitivo do grupo como um todo mas confesso que não tem agradado o que tenho visto e ouvido, mas a esperança ainda persiste, ainda cultivo-a em nome de que o público possa alcançar um pouco mais do significado do comportamento humano e possa tirar conclusões, sem se deixar levar por grupos, movimentos e torcidas.

Assistir e torcer no BBB é normal, mas se deixar levar pelo que os outros pensam é demais. Atitude, personalidade e decisão própria é o mínimo que se deve ter para acompanhar o jogo que muitos repudiam mas que ainda é a paixão da maioria. O Brasil não é tão metido a besta quanto parece e propala.