O DESTRUIDOR DE BBB

imagem by Elson Rezende

Uma possibilidade bem grande de ver o BBB11 retomar sua trajetória de consagrar um campeão sem a arrogância de alguém imposto na casa com uma manobra popularesca, que passou a ser um terror diuturno para o grupo, ameaçando com o apoio popular que alardeava a tirar um por um dos que poderiam lhe atrapalhar. o BBB está próximo de ver o “Dia da Liberdade e Limpeza” se fazer altivo e altaneiro, fruto da vontade popular, que rejeita participantes retrógados e que baseiam suas ações na humilhação e deboche contra todos.

O BBB construiu uma história farta ao longo de suas edições anteriores, consagrando participantes que são lembrados pelo público com todo carinho, mesmo até alguns que não jogaram de acordo com a preferencia popular. Todos sairam com o respeito de quem assistia o programa, até mesmo os mais rejeitados. Hoje isso tende a ser bem diferente.

Conquistar o público por jogar bem ou afastá-lo por jogar mal, faz parte, como diria o indefectível Bambam do BBB1. Desta feita, o que se verifica não é apenas a questão dos índices da votação contrária por não querer ver determinado jogador continuar. Desta feita, provavelmente numa proporção avassaladora, a vontade do público que vai defenestrar um participante está recheada da vontade de dizer não a violência, a grosseria contra mulheres, aos discursos enganosos, aos dissabores de assistir alguém usar do deboche acintosamente contra todos e da falta de educação em todos os sentidos, além de tentar sustentar que mentiras era verdades.

Em suma, o público tem em suas mãos a oportunidade de exterminar pelo voto a participação nefanda no BBB de alguém cujo maior título será o de contrariar a vontade que esse povo tinha de vê-lo chegar ao prêmio, após dar-lhe uma segunda chance.

A votação em curso não terá seu resultado ligado a eliminar um participante. A motivação é de integral e absoluta rejeição.

Chega a ser patético ligar a TV e ainda ver no programa alguém que tenha acumulado tamanha repulsa por parte dos telespectadores. E não fora o pernambucano Daniel, um participante também cheio de defeitos, mas com algumas virtudes, e não tão rejeitado, que teria esse público a infeliz possibilidade de engolir tal situação por mais tempo.

A bem da verdade não estou daqui advinhando a saída de ninguém. Penso que possa ser assim e caso não seja vai ser difícil e complicado explicar a situação. Sem querer daqui fazer alusão a qualquer pesquisa, enquete ou algo parecido que esteja em andamento, vejo que o nó na garganta do público é maior que qualquer percentual colhido nessas ferramentas.

Independente dos que ficarem, sem analisar quem tem que sair também, ninguém pode negar que este fato é o mais marcante e emblemático num BBB, onde uma pessoa recebe uma segunda chance e tem a incapacidade de atirar as duas no lixo, sem dó e nem piedade, abusando dos erros primários porque não se despiu da empáfia e da soberba, não aprendeu nada de humildade e simplicidade e baseia seus atos na arrogância e bazófia.

Uma página importante na história do BBB está para ser virada e lembrada negativamente, queiram ou não os defensores do caos. Não haverá quem não se lembre com tristeza de uma edição marcada por um grupo sem grandes qualificações para participar, cuja única participante que seria capaz de integrar qualquer outra edição com sobras é a carioca Diana que está muitos furos acima dos demais. Isso não significa torcida pela mesma, porém uma constatação pura e simples.

Urge que para o próximo BBB sejam feitas reformulações radicais, mas a maior diz respeito a escolha de quem estará disputando o prêmio. Aí reside o maior fator de sucesso. Não adianta reformar a casa, transformá-la num palácio e colocar lá dentro gente que nem na porta poderia passar.

O BBB é muito maior do que tudo isso, mas corre riscos sérios com o que aconteceu desta vez. Atirar no buraco milhões é um devaneio que a Globo não pode se permitir. Enquanto isso, agoniza o BBB11, que pode hoje tentar salvar o pouco que ainda lhe resta com a possível saída de seu principal destruidor.